segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Fala a verdade:

Você ainda acha que podemos ficar juntos e correr o mundo de mãos dadas, apaixonados como antes? Subir pelas paredes com tanto prazer envolvido entre nós? Trocar beijos fatais, paranormais, surreais? Ter vontade de saber aonde cada um quer ser tocado e nem precisa pedir porque as mãos caminham sozinhas nas direções exatas?

Pois fique sabendo que ainda tenho esperança. Que todos os dias ao acordar, lembro do seu rosto, do calor de seus lábios em meu corpo. Do seu olhar desagregador porque tudo em mim sempre ficou sem forma quando ele me tocava. Amolecia toda. A pele parecia sair de mim e ficar em suas mãos. Eu ficava nua, sem ela para me proteger. E para quê, se era você que a segurava? A única coisa que importava era que eu queria ser sua para sempre.

Ainda tenho esperança e por essa razão dói, sabia? Meu coração aperta e choro de saudade. Os dias passam e não são mais os mesmos. Sua voz linda dizendo "oi". A sensualidade. O tom certo e provocador de loucas vibrações que faziam meu corpo voar como folhas ao vento do outono.

Que dias prazerosos tive ao seu lado. E mesmo que tenha raiva, mágoa, a lembrança é muito gostosa. Fico triste porque um dia vou precisar matar essa esperança que gostaria de ter para sempre. Queria era sair buscando a sua presença. Seu cheiro. Pedir ao destino que nos pusesse frente a frente.

‘Preciso ter isso no peito batendo forte. Que pulse. Me acorde, mas, por favor, me mantenha viva.

Desejos me provocam de maneira sobrenatural. Até a lembrança do ar que saía por entre seus dedos eu lembro ainda, porque parecia um sopro de vida para minha pouca vida.

Que difícil entender o coração e jurava que tudo era concreto, certo como dois mais dois são quatro. Coisas que nunca senti, nossos corpos unidos fizeram nascer. Ah! Como eu acredito. Acho que é para sempre a nossa história de amor.

É em seus braços que eu quero estar. Mesmo que o tempo passe vou esperar. Que se dane se essa vontade é verdade ou mentira, que importa? Minha alma é sua para sempre. Ela abriga as melhores lembranças, os momentos que pude ser divertida, engraçada, bem humorada.

Mas que sentimento bom de sentir. A saudade das noites sem limites. De sua pegada em meu corpo, para dormir fazendo amor. Como ríamos de nós dois. Repetidas horas de prazer. Tudo em volta parecia nada. Depois a gente programava o dia seguinte buscando no chip cravado em nossos cérebros a memória invadida pelos vírus da paixão. Ele destruía tudo: o passado dolorido, as histórias tristes, os dissabores vividos.

Dentro do meu espírito ainda é tempo. Preciso ter isso no peito batendo forte. Que pulse. Me acorde, mas, por favor, me mantenha viva. Controvérsias. Palavras soltas. Como lembrar que o tempo se foi se em mim a agenda parou de rodar? Esperança é assim. Mexe, contorce, invade as entranhas. Transpira nos poros as lágrimas da saudade.

‘Vou seguindo em frente. Um dia de cada vez. Não pode, não pode. Tudo bem, eu entendo. Mas a esperança ninguém tira daqui.

Sabe? Sou sua. Totalmente sua. Não importa quanto tempo passe. Nem quantas vezes vou dizer "sim" a você mesmo com medo de sofrer de novo. Nem os dias que vou esperar. No fundo, eu queria era estar em seus braços. Descansar meu corpo, deslizar as mãos sobre seu peito. Aplaudir o imenso orgasmo que sempre tive quando viajou por dentro de mim. O combustível de minha vida. Censura que não mais existia. Você rasgou todos os papéis-documentos que me puniam por ser infeliz, estes que eu guardava dentro de mim há anos.

Essa é a ultima esperança. A que quero ter sempre dentro de mim. A da palavra contida que eu queria gritar e que chegasse até você. Sou viciada em seu toque. Meu êxtase.

Vou seguindo em frente. Um dia de cada vez. Não pode, não pode. Tudo bem, eu entendo. Mas a esperança ninguém tira daqui. Esta que faz imaginar que, do nada, aparece e me rouba do sonho que pode não ter fim. Torna realidade. Tira-me do faz de conta e me faz feliz.

A última esperança em mim é a que não morre.

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